ADRIEL LOPES CARDOSO, natural de Natal, Estado do Rio Grande doNorte, nascido em 24 de janeiro de 1900 e faleceu em Natal, no dia 20 de janeiro de 1930. Foi poeta e artista plástico.
Viveu e morreu depressa, na definição de CÂMARA
CASCUDO, com uma luz serena e tímida num altar silencioso.
Estudou preparatórios no Atheneu Norte-rio-grandenses. Funcionário Público
estadual, nas horas vagas fazia versos e caricaturas para a revista CIGARRA,
além de capas de livros natalenses. No seu Dicionário de Artes Plásticas do RN,
Dorian Gray, ressalta: na década de 20, sobressaem-se os nomes de Erasmo Xavier
e Adriel Lopes, ambos caricaturistas. Adriel mais denso nas suas
interpretações, não possuía a mesma agilidade de Erasmo, mas, em compensação, o seu traço tinha uma energia
contida, um mistério envolvente, uma promessa denunciadora do artista futuro
(não fosse a morte prematura) que certamente o colocaria entre os legítimos representantes
do movimento de 22.
Filho de Pedro Lopes Filho e D. Francisca, casou-se em
1924 com D. Jaçy, de família maranhense radicada em Natal, deixando os filhos
ELÊUSIS MAGNUS – economista e desportista amador, já falecido, nome de rua na
Candelaároa, Natal: ELIENE, freira do Colégio Imaculada Conceição, falecida:
VILMA e ADRIEL residentes em Natal. Tinha seis irmãos. Três deles aqui
biografados: OMAR LOPES CARDOSO, PEDRO LOPES J´UNIOR – PIERRE, como era mais
conhecido e OTACÍLIO LOPES CARDOSO;
A esperada publicada póstuma do livro SONETOS deixou o
seu irmão OTACÍLIO decepcionado, por considerar a revisão com excesso de
falhas. O seu poema PSICOLOGIA DO MEU NADA, publicado na antologia de EZEQUIEL
WANDERLEY concluiu dizendo “Para que eu saiba
e creia e me convença então/ que. sendo um simples nada – inflado de ilusão,/Nada mais devo ser do que meu
próprio nada”....
O jovem poeta faleceu quatro dias antes de completar
trinta anos. Não teve a alegria de ver seus livros inéditos publicados. Na
História da Imprensa no RN, Manoel Rodrigues cita sua participação: ”Atualidade”
“(Derradeira Súplica); “Cigarra”, “Letras Novas” (Eternizarte-se, Uma Página
Esquecida”; “Revista da Academia Potiguar de Letras”; “Terra Natal” (Feia, Crepúsculo
dos Deus”, “Flor de Outono, O Rabi:; Relato de José Augusto): jornais DIÁRIO DE
NATAL, O ZÉ PEREIRA (com o poema agonia de Pierrol).
FONTE – LIVRO 400 NOMES DE NATAL